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Integrantes da direção nacional, presidentes e integrantes de regionais da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) foram eleitos para os conselhos regionais de medicina. Eles disputaram as Eleições CRMs 2023, realizadas nos dias 14 e 15 de agosto, em chapas de diferentes estados e começam a exercer suas novas atribuições em 1º de outubro. Os eleitos assumirão mandatos de cinco anos, com término em 30 de setembro de 2028. Pela primeira vez na história, a votação foi pela internet com a participação de mais de 510 mil médicos. 

Com a escolha desse grupo de 17 especialistas, atuantes nas diversas regiões brasileiras, a SBACV amplia sua participação no sistema de conselhos de medicina, que inclui ainda o Conselho Federal (CFM), fortalecendo o posicionamento das especialidades em discussões de uma agenda institucional de interesse do médico angiologista e do cirurgião vascular. 

“Para nós, é uma conquista de grande relevância, que valoriza a experiência dos nossos especialistas e nos abre a oportunidade de contribuir com os conselhos de medicina, mobilizando toda a nossa rede nos Estados”, diz Julio Cesar Peclat, presidente da SBACV, eleito para o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj). 

Segundo ele, os eleitos pautarão temas de interesse do angiologista e do cirurgião vascular, com foco na defesa profissional, no fortalecimento das especialidades e na melhoria do atendimento à população. Dessa pauta, constam temas como a valorização do médico e a melhoria das condições para o exercício da profissão, o uso de novas tecnologias e o relacionamento com as esferas da administração pública. 

Além de Peclat, foram eleitos para os CRM: Eraldo Arraes de Lavor (PE), diretor de Defesa Profissional da SBACV; Abner Ribeiro (TO); Antônio Carlos de Souza (DF), que presidiu o Congresso Brasileiro das especialidades, realizado ano passado, em Brasília; Alexandre Dantas (SE); Antônio Carlos Sanches (ES); Bruno Caiafa (RR); Carlos Eduardo Cunha (PE); Cristiane Torralba (RN); Dejean Amorim (BA); Felipe Damascena (TO); Jaber Saleh (RS); Janio Rolim (PB); Leandro Werner (SE); Luciano Hass (RS); Maurício Jafar (MS); Paulo Toscano (PA); Regis Angnes (RS); e Ricardo Wagner (RN).

Responsabilidade – A eleição – realizada sob a coordenação do CFM – teve a participação de 397 mil médicos em todo o Brasil, ou seja, 77% do colégio eleitoral, o que é um recorde histórico para pleitos desse tipo. “Para aqueles que não acreditavam ser possível realizar eleições totalmente pela internet, num processo seguro e transparente, fica uma lição: com trabalho e planejamento, os sonhos podem ver a luz do dia e mudar realidades”, resumiu o presidente do CFM, José Hiran Gallo, após o encerramento da votação. “Vamos celebrar o que nos une, o que nos coloca no caminho da ética e da justiça. É isso que o País espera de todos nós”, declarou. 

O presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) do CFM, responsável pelo processo, La Hore Corrêa Rodrigues, afirmou que a eleição estabelece um novo paradigma para a categoria, tanto pela tecnologia implementada quanto pela segurança dos resultados. Segundo ele, não houve intercorrências durante o processo. “Foi uma eleição de grande sucesso, rápida, transparente e segurança”.

“Essa eleição aumenta a nossa responsabilidade”, comenta o cirurgião vascular Jânio Cipriano Rolim (SBACV-PB). “No que nós pudermos nos empenhar para a melhoria do exercício da especialidade e em prol do paciente, vamos nos empenhar bastante”, acrescentou. Coordenador do Serviço de Cirurgia Vascular e Endovascular do Hospital Regional de Patos, no interior da Paraíba, Rolim apontou como desafios a ampliação do contingente e a fixação do médico especialista fora dos grandes centros, bem como a melhoria das condições de trabalho nessas localidades. “Os grandes centros estão lotados e o interior com grande necessidade”, justificou.

“Essa parceria com os conselhos de medicina nos ajudará a melhorar isso”, adiantou. Sua expectativa é de que SBACV e o sistema CFM/CRMs possam andar e pensar juntos soluções em benefício da população. Nesse campo, ele considera cada conselho um espaço de diálogo estratégico para a construção de avanços. “Queremos lutar por hospitais especializados em pé diabético, ampliar o tratamento de doenças vasculares”.  

“É muito importante a participação no Conselho para que possamos alinhar a prática da medicina da forma mais adequada e ética”, afirmou o angiologista Maurício de Barros Jafar (SBACV-MS), eleito para atuar no Conselho Regional de Medicina do Mato Grosso do Sul (CRM-MS). Para ele, a participação cada vez mais integrada da SBACV com as demais entidades contribuirá para influenciar de forma positiva e obter os melhores resultados para os médicos especialistas nas discussões técnicas encaminhadas nos CRMs. ‘É muito importante participar, com um papel relevante, e exercê-lo com bastante responsabilidade”.

Requalificação dos consultórios – “Estamos ocupando um espaço importante para discutirmos melhorias para o exercício das especialidades, principalmente no que diz respeito ao combate à invasão de prerrogativas por outros especialistas e por não médicos”, diz Régis Fernando Angnes, cirurgião vascular e presidente da SBACV-RS (2022-2023), que a partir de outubro será membro do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers). Segundo ele, a parceria da SBACV com esse sistema permitirá avançar no esclarecimento e regulação dos procedimentos exclusivos do angiologista e do cirurgião vascular, reduzindo riscos para os pacientes.

O novo conselheiro do Cremers também destacou a necessidade da revisão da tipificação dos consultórios das especialidades para melhor atender a necessidade dos pacientes. Qualificados numa escala de níveis 1 a 4, os consultórios do cirurgião vascular obedecem a critérios para a realização dos diversos procedimentos, regras que alcançam, inclusive, o uso de certas substâncias. 

“Em um consultório tipo 1 não podemos realizar procedimentos com óxido nitroso, por exemplo, que exige uma sedação leve do paciente”, esclarece Angnes que lamenta que, às vezes, o paciente quer fazer, mas não pode ser atendido. Segundo ele, procedimentos usando tal substância são autorizados apenas em clínicas do tipo 2, o que pode encarecer o atendimento tanto para o médico especialista quanto para o paciente.

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