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Duas realidades com objetivos comuns
Os presidentes das Regionais de São Paulo e do Pará falam dos desafios da especialidade e destacam defesa profissional e busca por melhoria de honorários como principais metas de suas gestões no biênio 2018-2019
Dando início à Série Regionais, a SBACV apresentará entrevistas com presidentes das Regionais uma vez por mês. A primeira edição ouviu os presidentes Marcelo Calil Burihan (SBACV-SP), e Silvestre Savino, da SBACV-PA, segundo maior Estado do Brasil, localizado no centro da Região Norte do país. As duas Regionais apresentam realidades diferentes, mas alguns desafios e objetivos comuns. Em seus depoimentos, ambos afirmam a necessidade de atuação alinhada com a Nacional, visando fortalecer a luta por melhores honorários e combate à invasão da especialidade. Outro ponto abordado é o aprimoramento constante dos profissionais.
Silvestre Savino (SBACV-PA) – O Pará, a exemplo dos estados brasileiros fora dos grandes eixos do país, possui concentração de profissionais vasculares na Região Metropolitana, com carência em cidades do interior, conforme demonstra o Censo Vascular realizado pela SBACV.
Atualmente, não há atendimento de referência e contra referência que funcione adequadamente no SUS, há falta de profissionais e de condições adequadas de trabalho nos prontos-socorros. No setor privado, convivemos com remuneração defasada ao longo dos anos, que necessita ser revista.
O Estado do Pará tem hoje sete cursos universitários de Medicina, mas não há especialização em Cirurgia Vascular em nosso Estado. O serviço credenciado mais próximo fica em São Luiz do Maranhão. Boa parte dos nossos profissionais se especializou no Estado de São Paulo. Embora tenhamos um enorme desafio, buscamos incentivar os jovens sobre a atuação na área de Angiologia e de Cirurgia Vascular. A Regional organiza mensalmente programação científica com temas da especialidade para os associados e promove cursos para alunos da Liga de Angiologia e de Cirurgia Vascular (Langiopa). Há um longo caminho a percorrer na busca pela consolidação da nossa especialidade como prioridade nas unidades de ensino, hospitais e demais serviços de saúde.
A prioridade da nossa gestão é a adoção de medidas que visam à valorização profissional e melhoria da remuneração dos associados, além da defesa da especialidade contra a invasão de não médicos na realização de procedimentos vasculares.
Hoje os sistemas de saúde privados estão buscando maior racionalização dos custos. Acredito que a padronização, com uniformização de condutas e de materiais, seja um instrumento importante nas discussões com as empresas de saúde suplementar na agenda por melhoria da remuneração da especialidade. No setor público, defendo a atuação alinhada com as ações da SBACV Nacional para buscar a equiparação da tabela SUS da Cirurgia Vascular com os procedimentos da Cirurgia Cardiovascular.
A valorização profissional começa com uma Regional unida, coesa, para que possa atingir seus objetivos em conjunto. Para isso, a gestão SBACV-PA já iniciou a busca por maior envolvimento dos profissionais nas questões da especialidade.
Marcelo Calil Burihan (SBACV-SP) – O Estado de São Paulo dispõe de centros com alta tecnologia e amplo acesso a cursos de especialização, aperfeiçoamento e atualização. Entretanto, a remuneração dos nossos profissionais precisa melhorar. O setor público está deteriorado. O problema não é apenas de gestão, como dizem alguns políticos. Faltam recursos financeiros. As tabelas SUS não são remuneradas há anos. Acredito que se faz necessária a atuação em âmbito nacional quanto ao reajuste.
Na área privada não é muito diferente. Os honorários dos procedimentos cirúrgicos estão defasados, com alguns planos de saúde utilizando tabelas de 1992 e sem correção dos coeficientes. A Diretoria de Defesa Profissional da Regional São Paulo está atuando junto à Associação Paulista de Medicina (APM) para tentar melhorar a remuneração perante os planos privados.
A Cirurgia Vascular tem grande abrangência. Devemos reabrir a discussão para que seja retomada a residência em Cirurgia Vascular para 3 anos, englobando as áreas de atuação.
O processo de qualificação profissional também é uma importante linha de trabalho da Regional paulista. Buscamos apoio da iniciativa privada para ampliar a oferta de aprimoramento profissional. Neste ano, será aberta uma série de cursos de Educação Continuada. Inclusive, a segunda edição do Curso de Educação Continuada em Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular, cuja organização se dá em conjunto com a SBACV Nacional.
Atuamos desde a formação dos nossos estudantes. Isso engloba atividades com a Liga Acadêmica Paulista de Cirurgia Vascular, nossa menina dos olhos, que já tem seis anos de atuação e engloba treze instituições com suas respectivas ligas da especialidade. Essa relação com estudantes é fundamental, pois hoje na graduação a disciplina de Vascular possui carga horária muito pequena e até inexiste em algumas instituições.
Os presidentes das Regionais de São Paulo e do Pará falam dos desafios da especialidade e destacam defesa profissional e busca por melhoria de honorários como principais metas de suas gestões no biênio 2018-2019
Dando início à Série Regionais, a SBACV apresentará entrevistas com presidentes das Regionais uma vez por mês. A primeira edição ouviu os presidentes Marcelo Calil Burihan (SBACV-SP), e Silvestre Savino, da SBACV-PA, segundo maior Estado do Brasil, localizado no centro da Região Norte do país. As duas Regionais apresentam realidades diferentes, mas alguns desafios e objetivos comuns. Em seus depoimentos, ambos afirmam a necessidade de atuação alinhada com a Nacional, visando fortalecer a luta por melhores honorários e combate à invasão da especialidade. Outro ponto abordado é o aprimoramento constante dos profissionais.
Silvestre Savino (SBACV-PA) – O Pará, a exemplo dos estados brasileiros fora dos grandes eixos do país, possui concentração de profissionais vasculares na Região Metropolitana, com carência em cidades do interior, conforme demonstra o Censo Vascular realizado pela SBACV.
Atualmente, não há atendimento de referência e contra referência que funcione adequadamente no SUS, há falta de profissionais e de condições adequadas de trabalho nos prontos-socorros. No setor privado, convivemos com remuneração defasada ao longo dos anos, que necessita ser revista.
O Estado do Pará tem hoje sete cursos universitários de Medicina, mas não há especialização em Cirurgia Vascular em nosso Estado. O serviço credenciado mais próximo fica em São Luiz do Maranhão. Boa parte dos nossos profissionais se especializou no Estado de São Paulo. Embora tenhamos um enorme desafio, buscamos incentivar os jovens sobre a atuação na área de Angiologia e de Cirurgia Vascular. A Regional organiza mensalmente programação científica com temas da especialidade para os associados e promove cursos para alunos da Liga de Angiologia e de Cirurgia Vascular (Langiopa). Há um longo caminho a percorrer na busca pela consolidação da nossa especialidade como prioridade nas unidades de ensino, hospitais e demais serviços de saúde.
A prioridade da nossa gestão é a adoção de medidas que visam à valorização profissional e melhoria da remuneração dos associados, além da defesa da especialidade contra a invasão de não médicos na realização de procedimentos vasculares.
Hoje os sistemas de saúde privados estão buscando maior racionalização dos custos. Acredito que a padronização, com uniformização de condutas e de materiais, seja um instrumento importante nas discussões com as empresas de saúde suplementar na agenda por melhoria da remuneração da especialidade. No setor público, defendo a atuação alinhada com as ações da SBACV Nacional para buscar a equiparação da tabela SUS da Cirurgia Vascular com os procedimentos da Cirurgia Cardiovascular.
A valorização profissional começa com uma Regional unida, coesa, para que possa atingir seus objetivos em conjunto. Para isso, a gestão SBACV-PA já iniciou a busca por maior envolvimento dos profissionais nas questões da especialidade.
Marcelo Calil Burihan (SBACV-SP) – O Estado de São Paulo dispõe de centros com alta tecnologia e amplo acesso a cursos de especialização, aperfeiçoamento e atualização. Entretanto, a remuneração dos nossos profissionais precisa melhorar. O setor público está deteriorado. O problema não é apenas de gestão, como dizem alguns políticos. Faltam recursos financeiros. As tabelas SUS não são remuneradas há anos. Acredito que se faz necessária a atuação em âmbito nacional quanto ao reajuste.
Na área privada não é muito diferente. Os honorários dos procedimentos cirúrgicos estão defasados, com alguns planos de saúde utilizando tabelas de 1992 e sem correção dos coeficientes. A Diretoria de Defesa Profissional da Regional São Paulo está atuando junto à Associação Paulista de Medicina (APM) para tentar melhorar a remuneração perante os planos privados.
A Cirurgia Vascular tem grande abrangência. Devemos reabrir a discussão para que seja retomada a residência em Cirurgia Vascular para 3 anos, englobando as áreas de atuação.
O processo de qualificação profissional também é uma importante linha de trabalho da Regional paulista. Buscamos apoio da iniciativa privada para ampliar a oferta de aprimoramento profissional. Neste ano, será aberta uma série de cursos de Educação Continuada. Inclusive, a segunda edição do Curso de Educação Continuada em Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular, cuja organização se dá em conjunto com a SBACV Nacional.
Atuamos desde a formação dos nossos estudantes. Isso engloba atividades com a Liga Acadêmica Paulista de Cirurgia Vascular, nossa menina dos olhos, que já tem seis anos de atuação e engloba treze instituições com suas respectivas ligas da especialidade. Essa relação com estudantes é fundamental, pois hoje na graduação a disciplina de Vascular possui carga horária muito pequena e até inexiste em algumas instituições.