A Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) empenha apoio às iniciativas que visam coibir o consumo e a venda do chamado cigarro eletrônico no País, como a nota divulgada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) nesta segunda-feira (2). No texto, que conta com a adesão da SBACV, é defendida a manutenção das regras que proíbem a comercialização, importação e propaganda desse produto.
Conforme destaca o CFM, o posicionamento ocorre diante de “mobilização por parte de alguns segmentos para liberação do cigarro eletrônico no País, tentando mudar a legislação em vigor. No documento, diferentes segmentos são instados a lutarem contra o cigarro eletrônico.
Os médicos são convidados a orientarem seus pacientes e a população em geral sobre os riscos desse tipo de produto. A imprensa é chamada a colaborar com ações de esclarecimento sobre o tema, “levando ao público informações adequadas, acessíveis e de fontes confiáveis”.
Por sua vez, o Governo (em todas as suas esferas) e o Congresso Nacional são alvo de três pedidos: compromisso com a manutenção da lei que trata sobre os dispositivos eletrônicos para fumar; reforço aos mecanismos de fiscalização e controle; e desenvolvimento de campanhas de esclarecimento sobre os malefícios do uso do cigarro eletrônico.
Segundo as entidades médicas, há um acúmulo de evidências que sugerem que fumar cigarros eletrônicos pode trazer riscos semelhantes ou mesmo maiores que outras formas de uso de nicotina, comprometendo a saúde de seus usuários. O texto destaca que esse tipo de dispositivo “possui altos índices de nicotina e de outras substâncias nocivas em sua composição, causa dependência química e pode levar milhões de pessoas ao adoecimento e à morte”.
Para o presidente da SBACV, Julio Peclat, apesar de ser aparentemente inofensivo, o cigarro eletrônico expõe os seus consumidores a uma série de riscos. Seu uso pode trazer prejuízos à circulação sanguínea em veias e artérias, por conta das substâncias nocivas que contém. “O cuidado com a saúde e o bem-estar passa pela adoção de hábitos saudáveis, como dizer não ao tabagismo em todas as suas formas”, ressaltou.
NOTA À SOCIEDADE
CFM afirma: o cigarro eletrônico causa sérios danos à saúde
O uso do cigarro eletrônico, em qualquer faixa etária, traz graves prejuízos para a saúde individual e coletiva.
Trabalhos científicos e relatos apontam inúmeros casos de pessoas que desenvolveram doenças em decorrência dessa prática.
Neste momento, ocorre mobilização por parte de alguns segmentos para liberação do cigarro eletrônico no País, tentando mudar a legislação em vigor que proíbe a comercialização, importação e propaganda desse produto.
Ciente disso, o Conselho Federal de Medicina (CFM) alerta os brasileiros sobre os riscos relacionados ao uso desses dispositivos e SOLICITA que:
- Os médicos orientem seus pacientes e a população em geral a não utilizarem o cigarro eletrônico, alertando-os sobre os efeitos deletérios causados pelo seu uso;
- Os meios de comunicação atuem como agentes de conscientização junto à população, levando ao público informações adequadas, acessíveis e de fontes confiáveis sobre os riscos envolvidos no consumo do cigarro eletrônico;
- O Governo (em todas as suas esferas) e o Congresso Nacional se comprometam em manter a proibição em lei do uso dos dispositivos eletrônicos para fumar, bem como reforcem os mecanismos de fiscalização e controle e desenvolvam campanhas de esclarecimento sobre os malefícios dessa prática;
- A população em geral colabore com a sensibilização dos usuários dos cigarros eletrônicos, orientando-os sobre a necessidade de abandonar esse hábito nocivo para a saúde.
O CFM alerta que o cigarro eletrônico possui altos índices de nicotina e de outras substâncias nocivas em sua composição, causa dependência química e pode levar milhões de pessoas ao adoecimento e à morte.
Brasília, 2 de maio de 2022.
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA
Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP)
Associação Brasileira de Medicina de tráfego (ABRAMET)
Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT)
Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO)
Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV)
Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)